domingo, 14 de novembro de 2010

Sabedoria e tranquilidade foram os segredos de Puel

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Lyon abriu o marcador ainda no primeiro tempo e soube controlar com maestria o resultado favorável no placar. Méritos para Claude Puel




Depois de vir de uma derrota pro Benfica e um empate contra o Rennes, o Lyon volta ao Gerland para tentar reverter esse panorama. O adversário da vez é o Nice, que por sua vez vem de uma vitória contra o Toulouse. O jogo também marca o reencontro do lateral direito François Clerc, com o seu ex-time. Assim como Lloris e Mounier.

Ainda prejudicado pelas lesões, o time de Claude Puel preferiu não ousar em sua formação tática. Fez o básico. Com a volta de Kolodziejczak, Källström já poderia voltar ao meio-campo e Lovren também já não jogava improvisado. Pied volta ao time titular, e Diakhaté, Gonalons e Briand começam no banco. Veja o time inicial:




Pelo lado niçois, o técnico Eric Roy armou seu time na defensiva. A ideia era explorar a velocidade de Mounier e Faé, até servir o matador Ljuboja. No meio, Sablé e Coulibaly sempre trocavam de lado para tentar confundir a marcação, enquanto a defasa se mantinha em linha. Veja o time que começou o duelo:




Com a bola rolando, notava-se rapidamente que o time do Lyon tinha mais qualidade em campo. Jogava com bastante tranquilidade e com o intenso apoio da torcida. O Nice postado de forma acuada esperava o erro do OL para tentar esboçar algum ataque em velocidade. O que não aconteceu em todo primeiro tempo.

Logo aos 7’, a primeira oportunidade do Lyon surgiu com Yoann Gourcuff. O camisa 29 aproveitou um rebote e chutou em direção ao chão. A bola saiu quicando, até encontrar Ospina, que quase foi surpreendido com o veneno da bola.

A pressão do Lyon persistia e o Nice não incomodava de maneira alguma. O jogo praticamente se concentrava na segunda metade do campo. Cris e Lovren se posicionavam quase na linha do meio-campo, enquanto o resto do time trabalhava até chegar a meta adversária.

Marcado por Clerc, Michel Bastos caia com velocidade pela ponta esquerda. Por ali, o Lyon viu o caminho a se explorar, e o brasileiro se deu bem em quase todas as jogadas em cima do ex-lionês. Aos 26’, em jogada por ali, Bastos cruzou com perigo e Gomis quase alcançou. Era a segunda chegada perigosa dos donos da casa.

Aos 30’, a consagração. Michel Bastos, novamente pela esquerda, realizou um bom trabalho individualmente, descobriu Gorcuff que com muita técnica cruzou para a área. Lá estava Jérémy Pied para finalizar. Era o gol do Lyon, claramente merecido pelo futebol que apresentava. Mais por demérito do Nice, do que próprios méritos.

Fatalmente o Nice parecia não querer jogo. Mesmo com desvantagem no placar, o time de Roy não buscava o gol. A formação tática adotada não conseguia fazer o time jogar pra frente e consequentemente sobrava campo pro OL chegar como quisesse. Aos 34’, Gomis penetrava na grande área e foi tocado. A princípio parecia ser um erro da arbitragem, mas quando as imagens da TV mostraram na super câmera lenta, foi perceptível o leve toque do zagueiro, desequilibrando assim, o atacante do Lyon.

Quando parecia que o placar seria ampliado, Ospina apareceu novamente. Quem cobrou foi Michel Bastos. Foi displicente, bateu mal, no lado esquerdo do goleiro, que por sua vez salvou o que seria o segundo gol da partida.

Com o pênalti perdido, o Lyon deu uma desanimada no jogo. Não pressionava como outrora. Mas por outro lado, o Nice também não chegava ao ataque. O jogo permaneceu morno até o término da primeira parte.

No segundo tempo, o Eric Roy fez alterações. Percebeu que seu time era inócuo e precisava agir. Colocou o atacante Mouloungui no lugar do lateral Gace. A princípio, não surtiu o efeito esperado, pois o primeiro lance de perigo do segundo tempo foi do Lyon. Aos 52’, após cobrança de escanteio, Gomis cabeceou, mas não acertou a baliza, atirando por cima do gol.

Só aos 60’, o Nice deu uma acordada. Depois de deslocar Clerc para o lado esquerdo, conseguiram chegar a meta de Lloris por duas vezes. Em uma delas, o atacante Anthony Mounier quase acertou o gol, após o goleiro do OL ter saído mal do gol.

Aos 73’, alteração dupla no Lyon: Saiu Michel Bastos para entrar Miralem Pjanic. E também saiu Yoann Gourcuff, dando lugar a Jimmy Briand. Duas mudanças que não surtiu nenhum efeito, taticamente falando. Briand cairia pelas pontas e Pjanic ficaria centralizado, assim como estavam Bastos e Gourcuff.

Faltando menos de cinco minutos para o término de jogo, Puel já não queria mais arriscar. Tirou Pied, que fez ótima partida e colocou Gonalons. Era óbvia a intenção de recuar um pouco e marcar mais firme no meio-campo pra não permitir as subidas dos meias do Nice, que já estavam encontrando buracos por ali.

No finzinho o Nice até tentou, mas não conseguiu o gol de empate. O Lyon jogou com sabedoria. O placar foi curto, poderia tranquilamente ser maior, mas é importante ressaltar a qualidade individual de cada jogador hoje. Taticamente todos foram impecáveis, jogaram muito bem, cada um fazendo seu papel com extrema competência. E a boa notícia, além da vitória, claro, é que ao longo da semana, poderemos ter novidades positivas do departamento médico.

Próximo adversário: O Lyon visita o Lens pela 14ª rodada da competição. Domingo que vem, dia 24/11/10, no mesmo horário, às 18h de Brasília.

FOTOS: L'Equipe / leprogres.fr / ligue1.com / ognice.com / Football.fr / Football364.fr / record.xl.pt / Topmercato.comr


GOL DE LYON 1-0 NICE

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