quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Com time junior, Lyon não toma conhecimento do Kiryat Shmona e vence em casa

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Jovem goleiro português faz milagres e time francês fecha a fase de grupos invicto e com a melhor campanha




No começo da noite desta quinta-feira, o Lyon entrava no Stade Gerland pela última vez na fase de grupos da Liga Europa. O adversário era o Hapoel Ironi Kiryat Shmona. No primeiro jogo, em Israel, o Lyon teve grandes dificuldades, mas conseguiu sair com a vitória por 4 a 3. Dessa vez, ambos os times não tinham nada a disputar. O OL já estava garantido na primeira colocação do Grupo I, e o Kiryat Shmona já não tinha como disputar uma vaga para a próxima fase da competição.

Aproveitando a situação bastante cômoda, e tendo em vista um clássico no próximo domingo, contra o Saint-Étienne. Dessa maneira, Rémi Garde decidiu apostar no valor das categorias de base. Somente Bakary Koné, Monzón, Fofana, Gourcuff e Michel Bastos eram do time principal. Anthony Lopes também, mas este só fez uma partida entre os profissionais. O restante, somente jogadores do Lyon B. Confira na formação abaixo como estava montado o “diferente” Lyon:




Pelo lado dos visitantes, mesmo não tendo mais chance alguma na competição, o Hapoel Kiryat Shmona montou uma escalação bem similar aquela que enfrentou o Lyon na primeira partida, em Israel. Em outras palavras, o treinador Bakhar, mesmo precisando subir na tabela no Campeonato Israelense (estão na quinta colocação), preferiu utilizar todas as suas forças para tentar bater o OL. Confira abaixo como ficou a formação do time titular do Hapoel Kiryat Shmona para enfrentar o Lyon:




Querendo mostrar serviço, os jovens do Lyon mostraram suas armas logo cedo. Em um dos primeiros lances da partida, depois de uma cobrança de escanteio e a formação de um bate-rebate na área, Sarr tentou concluir, não conseguiu. No rebote foi a vez do outro zagueiro, Koné, tentar a sorte e também falhou.


A resposta do Kiryat Shmona apareceu logo em seguida. Em jogada pelo lado direito do ataque israelita, Sallalich achou Abuhazira na área, levantou pra ele, que concluiu de cabeça. A bola passou muito perto do gol de Anthony Lopes, que tentou ir nela, mas não achou. Por sorte do goleiro, ela foi por cima do gol.

Minutos depois foi a vez do OL assustar novamente. Em ótima jogada individual de Yassine Benzia pela esquerda, ele enganou a marcação e colocou na área de forma rasteira. De primeira, o volante Jordan Ferri apareceu e chutou com muito perigo pela direita do goleiro Amos. Mais uma grande chance na partida.


O placar foi aberto aos 14’ de bola rolando. E quem marcou foi um jovem estreante do Lyon, o zagueiro Mouhamadou-Naby Sarr. O lance começou depois de uma ótima jogada individual de Gourcuff, pela esquerda do campo. Ele avançou e bateu em direção ao gol. A bola explodiu na defesa e voltou nos pés de Michel Bastos. O brasileiro, com muita classe, colocou na cabeça do zagueirão, que concluiu pro gol e saiu comemorando muito. Placar aberto no Stade de Gerland.

A partir do gol do OL, a partida passou a ser comandada pelo Hapoel Kiryat Shomona. O time visitante tentava, a todo custo, empatar a partida, mas esbarrava na ótima atuação do jovem português Anthony Lopes. O goleiro do Lyon defendia até vento. Primeiro tempo perfeito do reserva de Vercoutre.


Pouco tempos depois de sofrer o gol o Kiryat Shmona tentou empatar com o ponta Abed. Ele aproveitou a falta de sintonia entre Bakary Koné e Mehdi Zeffane, cortou o passe entre os dois e avançou. Na entrada da área, só não conseguiu marcar o gol justamente devido ao grandioso Anthony Lopes.

Aos 35’, mais uma vez o Lyon sofreria no seu campo de defesa. E mais uma vez o goleiro português apareceu para salvar o seu time. O bom centroavante Abouhazira entrou dentro da área, deixou Sarr no chão, tentou cortar Anthony Lopes, mas não conseguiu. Mais uma bela intervenção do goleiro. Na sequência do lance, Taseviski caiu na área, mas o árbitro marcou simulação.


Antes do apito do intervalo, o Lyon tentou mostrar que não estava ali só para apanhar. Gourcuff carregou a bola até a intermediária, tabelou com Jordan Ferri, recebeu de novo e bateu firme. Amos, goleiro do time de Israel fez uma bonita defesa e mandou para escanteio, livrando-se do perigo.

Na volta para o segundo tempo. O Lyon já veio com alteração. Rémi Garde decidiu colocar Sidy Koné, volante de marcação, no lugar de Yoann Gourcuff. Não parecia ser uma substituição por lesão. Talvez somente para poupar o atleta mesmo. Mas, definitivamente, o OL perdia sua referência no meio campo e ficava com um poder maior de marcação.


Engana-se quem achava que a pressão do Kiryat Shmona diminuiria com o Lyon colocando mais um marcador dentro de campo. Muito pelo contrário. A pressão dos israelenses cresceu na partida. Mas a falta de qualidade dos jogadores prejudicou muito o poder ofensivo do Shmona. Por duas vezes, logo no começo do segundo tempo, o time teve duas oportunidades. Primeiro com Abed, que entrou na área sem marcação e cochilou no lance até perder a bola. Depois, em cobrança de falta perto do gol, também desperdiçaram a chance.

Aí entra aquele velho ditado do futebol: “Quem não faz, leva”. A Lyon, quando subiu pela primeira vez na etapa final, marcou o seu segundo gol. Pelo lado direito, Zeffane avançou até a linha intermediária do ataque e cruzou pra área. A bola sofreu um desvio antes de chegar até ao pé de Benzia que, sem ângulo, bateu forte e aumentou a vantagem do OL. 2 a 0.


Depois de sofrer o seu segundo gol, o Hapoel Kiryat Shmona fez duas trocas. Sairam Abed e Taseviski para as entradas de Mizrachi e Gazal. Com as trocas, o time israelense perdeu muito poder de fogo e dependia quase que exclusivamente da presença de espírito do centroavante Abuhazira, que posteriormente também foi substituído por Mresat.

Provavelmente o treinador Bakhar sentiu que o seu time já não poderia vencer mais e começou a poupar o seus principais jogadores para dar sequência no campeonato nacional. Exatamente por isso, os três principais jogadores do clube deixaram o campo na etapa final. Já no Lyon, perto dos 25’ do segundo tempo, Alassane Pléa deu lugar a Harry Novillo. Mais um nome das categorias de base do OL. Dez minutos depois, Rémi Garde queimou sua última alteração colocando em campo Anthony Martial, um jovem atacante que fez 17 anos ontem, dia 05/12. Provavelmente um recorde na Liga Europa.

No finalzinho do jogo, o Hapoel Kiryat Shmona voltou a esboçar uma reação, mas nada tão substancial e impressionante como foi no primeiro tempo. O Lyon só teve o trabalho de administrar a vantagem que já tinha. Soube controlar muito bem a posse de bola no seu campo de ataque, e sob a batuta de sua torcida, conseguiu terminar a partida com o 2 a 0 no placar e como o melhor time dessa fase de grupos da Liga Europa.

O sorteio da fase de mata-mata da Liga Europa acontecerá no dia 20 de dezembro. O jornalista Rafael Oliveira, do Esporte Interativo, resumiu como será esse sorteio e quais são os prováveis adversários do Lyon. Clique AQUI para entender o processo.

Próximo adversário: Saint-Étienne. Clássico pela 16ª rodada da Ligue1. No Geoffroy-Guichard, domingo 09/12, às 18h de Brasília. Até lá.

FOTOS: L'Equipe / olweb.fr


MELHORES MOMENTOS:



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