segunda-feira, 3 de março de 2014

Lyon empata e se distancia do G4

Eduardo Madeira Júnior




O Lyon se complicou na luta por uma das vagas nas ligas europeias ao empatar sem gols com o Montpellier, na tarde deste domingo, 02, no Estádio Gerland. Agora, a distância para o 4º colocado Saint-Étienne é de seis pontos, enquanto pro Lille, 3º, é de sete.

O time de Rémi Garde esbarrou na ineficácia de suas próprias finalizações e da ultra-dependência de Clément Grenier. Ao todo, foram 18 chutes à gol, sendo sete de Grenier. Além do mais, dos 18, apenas sete tiveram a direção da meta. Três foram supracitado jogador.

A dependência ficou escancarada porque a maior parte dos chutes do camisa 7 do OL partiu de cobranças de falta. O goleiro adversário Geoffrey Jourdren teve trabalho neste tipo de jogada e não foi capaz de segurar firme nenhum tiro. Os chutes vinham cheios de curva e o máximo que conseguia fazer era rebater.

Ficou nítida também a falta que Yoann Gourcuff e Gueida Fofana fazem ao time. Corentin Tolisso e Jordan Ferri, que formaram o tripé de meias com Maxime Gonalons, não foram capazes de dar ritmo ao meio-campo do Lyon. Apesar disso, o Lyon teve 60% de posse de bola e trocou 508 passes contra 291 do time adversário.

Porém, Henri Bedimo, que sempre foi uma importante válvula de escape, foi encaixotado pelo esquema armado por Roland Courbis. Era imaginado que Remy Cabella atuasse pela direita e M’Baye Niang como centroavante, mas Cabella se posicionou nas costas de Gonalons, praticamente como um “falso 9”, enquanto Niang jogou aberto pela direita, posicionado para segurar Bedimo. A tática deu certo. Cabella, quando acionado, impôs dificuldades a zaga do Lyon e o lateral-esquerdo camaronês pouco apareceu no ataque temendo bolas nas costas.

Esta estratégia foi uma das poucas coisas boas que o Montpellier apresentou na partida. Além disso, o brasileiro Victorino Hilton teve boa atuação e não deixou o ataque do Lyon produzir. Basta notar que 11 dos 18 chutes do time de Garde foram de fora da área.

Em contrapartida, foi de dentro da área que o Lyon criou as melhores chances e pode lamentar o mísero ponto. O zagueiro Bakary Koné quase marcou de cabeça, vendo Benjamin Stambouli salvar seu tiro em cima da linha. No final da partida, Njie, que entrou no meio da etapa complementar, avançou pela direita, venceu Congré, e finalizou cruzado, sem a direção da meta. Lacazette vinha no lado oposto, sozinho, e reclamou que a bola não veio em seus pés.

Em linhas gerais, o resultado é péssimo para o Lyon por vários fatores: distância pros líderes aumentada, bom ritmo quebrado e inúmeras chances desperdiçadas. E agora que venha a tabela difícil. Até o final deste mês, o OL encara times como Bordeaux (28ª rodada), Monaco (29ª) e Saint-Étienne (31ª), adversários que estão próximos na tabela. Com o andar da carruagem, Remi Garde e seus pupilos terão de centrar forças na final da Copa da Liga, porque a vaga na Liga Europa via Campeonato Francês não está fácil de ser conquistada.



FOTOS: olweb.fr


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