domingo, 26 de outubro de 2014

Tinha um Lyon no meio do caminho!

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Pelo placar mínimo, OL bate o OM, quebra a série de vitórias do líder da Ligue1, alcança a terceira colocação e atinge sete jogos de invencibilidade




Dia de decisão eleitoral no Brasil e confronto importante na França. Enquanto aqui escolhíamos entre Dilma e Aécio, lá, o choque era entre os Olympiques! Marseille, líder isolado do Campeonato Francês visitava o Lyon, que vinha de duas goleadas sobre dois recém campeões da Ligue1: Lille e Montpellier. A vitória daria o OL a ascensão de uma posição na tabela: passaria a ser o 3º colocado, ultrapassando o rival Saint-Étienne e fazendo sombra ao poderoso PSG. O OM, por sua vez, tinha a oportunidade de aumentar a sua vantagem para os parisienses em sete pontos. O clássico, definitivamente, colocaria de frente duas equipes que buscariam a vitória a todo custo e a promessa era um jogo de muitos gols.

Hubert Fournier, treinador do Lyon, tinha em mãos uma das grandes armas que todos os técnicos adoram: repetir a mesma formação anterior que deu certo. O time que venceu o MHSC por 5 a 1 era o mesmo que entrava em campo hoje. Gourcuff, que teve uma atuação brilhante naquele jogo, novamente ganhava um espaço no meio de campo e Fekir jogava um pouco mais avançado.  No banco, N’Jie continuava sendo a arma para o segundo tempo com sua velocidade desproporcional. Dentre os desfalques, o OL lamentava as ausências de Grenier, Dabo, Fofana e Benzia. Abaixo, você pode conferir  a formação dos 11 iniciais do Lyon para enfrentar o Marseille:




Marcelo Bielsa também tinha algo em mãos que todo treinador gosta muito: departamento médico vazio. O Marseille tinha todos os seus jogadores disponíveis para o confronto e poderia abrir uma zona de conforto bastante sugestiva em relação ao PSG. El Loco armou o time numa espécie de 5-4-1 quando o time não tinha a bola e 3-5-2 quando está com a bola. Thauvin e Ayew eram as grandes armas do treinador argentino para tentar surpreender a defesa do Lyon, os dois jogadores, que atuam abertos, eram espécies de coringas e suas destrezas e velocidades poderiam limpar o jogo e servir Gignac da maneira como ele mais gosta: pronto para fazer o gol! Na imagem abaixo, veja a formação do Marseille, que tinha o brasileiro Dória no banco de reservas:




Nos primeiros 10’ de bola rolando, o Lyon se comportava de maneira melhor. A torcida, como sempre, se comportava de maneira exemplar e empurrava o time em busca do resultado esperado. Durante este período, o OL chegaria com perigo em três oportunidades. As duas primeiras, com duas bolas paradas de Gourcuff levantadas pra área e a terceira com uma disputa de bola, no alto, entre Lacazette e N’Koulou. Quando o atacante do Lyon chegaria para concluir, Mendy mandou pra escanteio.


O OL tinha uma arma interessante para quebrar o sistema defensivo de três homens montado por Bielsa. Lacazette, Fekir, Ferri e Tolisso tinham muita velocidade e apareciam com certa frequência. Apoiado pelos laterais, o poderio de fogo aumentava ainda mais. O OM não tinha outra alternativa, a não ser parar com falta. Na primeira metade do tempo regulamentar, O OL teve ótimas oportunidades em bola parada e não teve a capacidade de colocar muito perigo ao gol de Mandanda. Mas, por ali, havia um caminho que poderia ser explorado.

Pelo OM, a dificuldade de chegar ao ataque era ainda maior. As poucas oportunidades que apareciam eram em contra-ataques, quando a defesa do OL estava ligeiramente desarrumada. A primeira oportunidade de gol do time visitante só apareceu aos 26’, quando Payet inverteu o jogo e achou Ayew sem marcação do outro lado. O filho de Abedi Pelé cortou o marcador e bateu firme, Lopes se esticou e mandou pra escanteio, arrancando suspiros dos torcedores no Stade Gerland.


Aos 34’, o Marseille se viu obrigado a fazer sua primeira troca. Em disputa de bola entre Coco Tolisso e Brice Dja Djédjé, o lateral do OM sofreu uma pancada na cabeça e precisou deixar o gramado. Saiu de maca, imobilizado, porém consciente. Para o seu lugar, Bielsa colocou Mario Lemina, volante, que jogaria improvisado. Ele poderia colocar o brasileiro Dória e jogar o Romao para a direita. Também tinha a opção de usar Rod Fanni, que é lateral de origem e estava no banco. Mas El Louco não tem lá ideias muito bem definidas e sabe-se lá o que ele estava pensando do seu time.

No segundo tempo, o panorama do jogo se alterou um pouco. O Marseille parece ter voltado querendo mais jogo. Em duas oportunidades, antes mesmo dos 15’ da etapa final, o OM poderia ter marcado dois gols. A primeira chance foi depois de uma saída errada do OL. Thauvin recuperou e achou Gignac na área. Lopes fez uma defesa brilhante... mas o centroavante do OM já estava sendo pego em posição irregular. Posteriormente, foi a vez de Payet descolar um passe para Mendy que, da meia lua da entrada da área, bateu firme e a bola acertou o pé da trave esquerda do goleiro do Lyon.


Percebendo a desenvoltura superior do rival na partida, Fournier mexeu pela primeira vez. Colocou Clinton N’Jie no lugar de Nabil Fekir. Mas quem agia era mesmo o Olympique de Marseille. Dessa vez, quem apareceria com destaque era Anthony Lopes novamente. O ganês recebeu uma assistência brilhante dentro da pequena área e finalizou bem, de primeira. O goleiro do Lyon, com puro reflexo, fez uma enorme defesa com os pés. Arrancando aplausos dos torcedores.

Mas no melhor momento do Marseille na partida, foi o Lyon quem apareceu com mais eficácia. Em contra-ataque, Lacazette foi acionado pelo lado esquerdo do campo. Ele viu Gourcuff se deslocando dentro da área e fez o passe. Em ótimas condições de marcar, o meia do OL deu uma refugada, cortou pro meio e levou toda a zaga. Com o espaço mais livre, ele ainda teve a técnica de bater firme e com força no ângulo de Mandada: 1 a 0!


O OM tentou responder logo em seguida. Através de um escanteio muito bem cobrado por Dimitri Payet, André Ayew conseguiu subir mais alto que todo mundo e cabeceou firme em direção ao chão. A bola quicou na frente de Lopes e acabou encobrindo o gol. O goleiro já estava batido e a bola saiu caprichosamente pra fora. Após o lance, Bielsa mexeu e abdicou de seus cinco defensores. Saiu Jérémy Morel e entrou Romain Alessandrini. Posteriormente, El Loco colocou Barrada e tirou Payet. O OL também mexeu, colocando Mvuemba no lugar de Ferri.

Nos últimos dez minutos para o término do jogo, o Marseille tentava de maneira desesperada amassar o OL em seu campo de defesa. Mas as linhas defensivas do Lyon estavam muito bem compactas e quase sem buracos. A aflição deixava o time de Bielsa nervoso dentro de campo e forçava passes desnecessários até perder a posse de bola e gerar contra-ataque para Lacazette e N’Jie ativar suas respectivas velocidades... que quase sempre não tinha os seus companheiros para tabelar. Dessa forma, eles seguravam o jogo o quanto dava no campo de ataque.


Aos 40’ da segunda etapa, Fournier fez sua última alteração. Gourcuff  - autor do único tento da partida – dava lugar a Steed Malbranque. Uma troca que, além de ganhar tempo, dava ao Lyon um oxigênio novo no meio de campo. Alguém que tinha qualidade pra sair jogando, mas que também poderia auxiliar seus colegas no meio de campo na parte de marcação, que era essencial para parar a intensa pressão marselhesa.

No finalzinho do jogo, o OM parecia ter perdido o fôlego e até mesmo a vontade de continuar atacando. A defesa do OL se comportava de maneira ímpar e os espaços não eram dados. Sem nervosismo, o Lyon voltava a dominar a partida e se tivesse o seu ataque mais povoado nos momentos de contragolpes, poderia até mesmo ter ampliado o placar. Contudo, taticamente, o time preferiu não se arriscar lá na frente com a vantagem no placar. A ordem parecia ser administrar a vantagem e o placar favorável.


Por fim, Fournier venceu Bielsa. O treinador do Lyon conseguiu ser cirúrgico. Correu poucos riscos na partida e soube aproveitar a oportunidade que teve. Com a vantagem de gols a seu favor, não sentiu medo e muito menos tensão, mesmo com o plantel de pouca idade. O Marseille pode até ter sido ligeiramente melhor no jogo, mas não soube jogar o xadrez do futebol. Méritos do OL, que agora está na cola do PSG agora e visa o topo.

Depois de jogar o mês inteiro de outubro dentro de casa, agora o OL saia de seus domínios. Vai encontrar o Nice, que acabara de golear o Guingamp por incríveis 7 a 2, e poderá assumir a segunda colocação. O jogo será no dia 01/11, próximo sábado, às 16h. Partida válida pela 12ª rodada da Ligue1.

FOTOS: olweb.fr / L'Equipe

GOL DA PARTIDA:


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[LIGUE1 14/15] 11ª rodada - Lyon x Marseille

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


FOTO: om.net

O Lyon entrou na 11ª rodada na quarta colocação. Após golear o Montpellier na semana passada, o time do técnico Hubert Fournier chega ao domingo já com a missão de recuparar a vaga. O Nantes venceu o Evian por 2 a 0 no sábado e acabou empurrando o Lyon para a quinta colocação.

Contudo, se o OL conseguir a vitória sobre o Marseille, o time pode assumir a terceira colocação da Ligue1, ficando somente um ponto atrás do Paris Saint-Germain, atual vice-colocado. O Marseille, que por sua vez, é o líder solado. Ganhando ou perdendo, continua na frente. O time de Marcelo Bielsa não perde a oito jogos e agora tem o objetivo de parar o embalado Lyon.

O "Choc des Olympiques" acontece às 18h do horário de verão de Brasília. O SporTV deverá transmitir o jogo ao vivo. Abaixo, confira os relacionados pelos dois clubes.


LYON:

GOLEIROS: Mathieu GORGELIN e Anthony LOPES;
LATERAIS: Christophe JALLET, Mehdi ZEFFANE, Henri BEDIMO e Corentin TOLISSO;
ZAGUEIROS: Milan BIŠEVAC, Samuel UMTITI e Bakary KONÉ;
VOLANTES: Arnold MVUEMBA, Jordan FERRI e Maxime GONALONS;
MEIAS: Yoann GOURCUFF, Nabik FEKIR e Steed MALBRANQUE;
ATACANTES: Clinton N'JIE, Mohamed YATTARA e Alexandre LACAZETTE;
TÉCNICO: Hubert FOURNIER;
DESFALQUES: Mouhamadou DABO, Gueïda FOFANA, Clément GRENIER e Yassine BENZIA


MARSEILLE:

GOLEIROSSteve MANDANDA e Brice SAMBA;
LATERAIS: Brice DJA DJÉDJÉ, Rod FANNI, Benjamin MENDY e Jérémy MOREL;
ZAGUEIROS: DÓRIA e Nicolas N'KOULOU;
VOLANTES: Giannelli IMBULA, Mario LEMINA e Alaixys ROMAO;
MEIAS: Romain ALESSANDRINI, Forian THAUVIN, Abdelaziz BARRADA e Dimitri PAYET;
ATACANTES: André AYEW, Michy BATSHUAYI, André-Pierre GIGNAC;
TÉCNICO: Marcelo "El Loco" BIELSA;
DESFALQUES: Nenhum


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domingo, 19 de outubro de 2014

Lyon não toma conhecimento, faz cinco no Montpellier e entra no G4

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Gourcuff foi o protagonista do jogo com dois gols. Ele não marcava desde 22 de janeiro deste ano. Fekir, Lacazette e N’Jie também tiveram participações formidáveis




Depois de uma semana “afastado” dos gramados, o Futebol Francês volta a sua ativa após as datas FIFAs que ocuparam todo o último final de semana. Em campo, duas equipes que chegavam até a 10ª rodada com a mesma quantidade de pontos e a colocação definida somente pelo saldo de gols. Praticamente, um confronto direto entre duas equipes que lutam por uma ascensão dentro da própria Ligue1. A partida, que era pra ser realizada no Stade de La Mosson, em Montpellier, acabou sendo realizada no Stade Gerland, casa do Lyon. Isso aconteceu devido as fortes chuvas que arrasaram a cidade de Montpellier e acabaram impossibilitando a utilização do estádio até dezembro deste ano. Como um gesto de camaradagem, o presidente do Lyon, Jean-Michel Aulas, aceitou a inversão de mando. No returno, o OL jogará fora de casa.

Em campo, o Lyon já quase zerando o seus jogadores no departamento médico, tinha uma equipe muito forte dentro de campo. Pelo segundo jogo consecutivo, Hubert Fournier conseguiu repetir a mesma formação que, com os atuais jogadores disponíveis, é – de fato – o melhor time que o OL tem para colocar entre os onze iniciais. A consistência defensiva com essa formação é a base para o Lyon conseguir ter liberdade entre os seus homens de frente sem se preocupar muito com a recomposição tática. Abaixo, você pode ver como foi a formação inicial:




O MHSC não era mais aquele time que bateu o já todo poderoso Paris-Saint Germain na edição 2011/2012 da Ligue1. O time sofreu uma desmontada de lá pra cá e agora parece tentar se reerguer em termos estruturais. Para o jogo de hoje, somente um jogador estava indisponível. Era o lateral Mathieu Deplagne. O volante Jamel Saihi, voltando de lesão, chegou até ser relacionado, mas não integrou nem mesmo o banco de reservas para a partida de hoje. O ponto forte da equipe de Rolland Courbois era a dupla de centroavantes formada por Bérigaud e Lucas Barrios, além da velocidade do ex-Lyonnais Anthony Mounier. Confira a formação tática do Montpellier:




Com as duas equipes atuando num 4-4-2, apesar das pequenas variações, o meio de campo, geralmente, fica bastante tumultuado. E isso se mostrava claro nos minutos iniciais. O OL tinha dificuldades para sair jogando e tocar a bola. A válvula de escape acabava sendo Jordan Ferri, que era bastante acionado e os chutões acionados pela dupla de defesa, que não tinha muitas opções para articular o jogo. O MHSC tinha mais espaços para jogar, mas pecava muito no último passe.


Sendo ligeiramente melhor, o Montpellier criou a primeira boa oportunidade da partida. Em saída de bola errada do Lyon, Lasne interceptou o lance e, rapidamente, acionou Lucas Barrios, que saiu dentro da área, de frente para o goleiro Anthony Lopes. O centroavante conseguiu tirar do alcance do português, mas a bola acabou saindo caprichosamente pelo canto esquerdo, desperdiçando uma jogada de ouro para, quem sabe, abrir o placar logo no começo da partida.

Com o desenrolar do primeiro tempo, o Lyon conseguia se ambientar melhor ao seu campo e já não tinha mais tantas dificuldades para chegar ao ataque. Tornava-se melhor na partida, mas não criava grandes oportunidades de finalização. A primeira boa oportunidade só surgiu próximo aos 30’, quando Fekir fez boa jogada pelo lado direito, cortou a marcação e bateu firme. No rebote, Jourdren soltou nos pés de Tolisso, que pressionado pelo defensor, acabou finalizado muito errado.


Minuto a minuto, o Lyon começava a gostar mais e mais do jogo. Se sentia, literalmente, em casa. A torcida ajudava bastante. O Gerland estava praticamente lotado e o estímulo era grande. Com essa ajuda, o OL abriu o placar aos 36’. Ferri, na região intermediária, descolou um passe para Lacazette. O atacante tentou girar em cima do defensor que fez o corte. Mas a bola sobrou para Gourcuff que estava sem marcação dentro da área. Ele só tocou no canto de Jourdren e correu para o abraço. 1 a 0!

Instantes depois, o OL ainda ira ampliar o marcador. Forçado a sair para o jogo, o Montpellier avançou suas linhas de marcação após o primeiro gol. Dessa maneira, acabou possibilitando mais espaços para o Lyon trabalhar em passes de profundidade. E foi assim que aconteceu o segundo gol. Lacazette prendeu a bola no meio de campo, esperou a passagem de Fekir pela esquerda. O camisa 18 recebeu em ótimas condições e saiu de frente com o goleiro adversário. Ele só tirou de Jourdren dando uma espécie de cavadinha, que desarmou o arqueiro do MHSC. 2 a 0!


Na volta do intervalo, o Montpellier veio com duas alterações, na expectativa de tentar diminuir a vantagem do Lyon. Courbois tirou Paul Lasne e Lucas Barrios e colocou Victor Hugo Montaño e Souleymane Camara. O time visitante, neste momento, jogava no 4-3-3 com os dois jogadores vindos do banco fazendo ataque com o Bérigaud. Contudo, Courbois não contava com o imponderável: o Lyon precisava somente de mais espaço no setor defensivo do MHSC para ampliar ainda mais o marcador.

E isso aconteceu logo aos 2’ da etapa final. Praticamente logo depois do retorno do intervalo, o Lyon não tomou conhecimento das alterações feitas por Rolland Courbois e partiu pra cima. Jallet recebeu pela direita em condição duvidosa. Avançou até a linha de fundo e esperou a chegada dos homens de frente do OL. Quando os jogadores se aproximaram, Jallet descolou a assistência para Gourcuff, que já chegou na área batendo de primeira, rasteiro, no canto esquerdo de Jourdren! 3 a 0!


Poucos minutos depois, o Montpellier queria provar que não estava morto no jogo e, em lance de bola parada, conseguiu diminuir o marcador aos 9’ do segundo tempo. Na região intermediária, Siaka Tiéné cobrou falta e, de perna canhota, colocou no ângulo esquerdo de Anthony Lopes, que até tentou chegar na bola, mas a cobrança foi certeira demais para o goleiro tentar alcançar! 3 a 1!

Logo após marcar o seu primeiro gol, o Montpellier quase chegou ao empate. E também em lance de bola parada. Desta vez, não em direção ao gol. Pelo lado direito do seu campo de ataque, Sanson levantou bola na área e ela foi fazendo uma curva até em direção ao gol. Ela chegou a quicar na frente de Anthony Lopes, que rebateu pro lado e, por pouco, não ajeitou para Montaño chegar batendo. Por centímetros o atacante não marcava o segundo do MHSC na partida.


Enquanto o Montpellier buscava uma reação e, de fato, melhorava na partida, o Lyon abria a caixa de ferramentas e barrava todas as jogadas do time adversário com muitas faltas... Algumas delas bem fortes! O árbitro Bartolomeu Varela precisou ser muito político para não precisar disparar cartões vermelhos. Na metade do segundo tempo, o OL tinha seis amarelados dentro de campo: Gonalons, Umtiti, Fekir, Ferri e Bisevac.

Mesmo com a pressão criada pelo MHSC, o Lyon poderia ter feito o quarto gol. No momento em que os visitantes tentavam criar uma oportunidade de gol, Umtiti conseguiu roubar a bola e sair em contra-golpe. O zagueiro arrancou e bateu firme, de fora da área. Jourdren segurou, mas soltou. No rebote, Fekir completou para as redes. Contudo, a arbitragem já havia pegado o impedimento do meia-atacante do OL. Bem marcado! Após o lance, Fekir, exausto, deu lugar a Clinton N’Jie. Pouco tempo depois, foi a vez de Gourcuff, também cansado, deixar o campo para Malbranque entrar. O MHSC também mexeu. Jean Deza era a última troca de Courbois. Ele entrou no lugar de Bérigaud.


Perto do fim, Fournier trocou pela última vez, colocando Arnold Mvuemba no lugar de Jordan Ferri. A troca era somente para reoxigenar a marcação no meio de campo. E surtiu um efeito imediato. Enquanto o MHSC pressionava, o Lyon, mais uma vez, acionou o contra-ataque. Desta vez, quem puxou foi N’Jie. Ele abusou da velocidade pela esquerda, viu a movimentação de Lacazette na área e tocou para o atacante. O camisa 10 recebeu sozinho, dominou e tocou na saída do goleiro. 4 a 1! Lacazette ainda teria tempo para dar mais uma assistência na partida. Malbranque, enquanto segurava o jogo lá na frente, achou a oportunidade de tabela com o atacante e, antes dos 90’, ainda bater firme e fazer a festa de mão cheia no Gerland! Era o quinto! 5 a 1! Antes do fim, ainda teve mais um gol (bem) anulado. Era festa... Torcida vibrando com o show.

E terminou assim. O Lyon venceu por cinco, mas poderia ter feito seis, sete, oito... Faltou mais capricho e foco. O time está voando, mas poderia ter impressionado o mundo hoje com uma vitória ainda mais acachapante. O próximo jogo do OL é no dia 26, próximo domingo, às 17h do horário de verão de Brasília. O adversário será o Marseille, que venceu oito partidas consecutivas e é o líder isolado do Francesão. Promessa de jogão no Gerland! Nos por encontraremos lá. Até!

FOTOS: Football365.fr / L'Equipe / olweb.fr 

GOLS DA PARTIDA:

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[LIGUE1 14/15] 10ª rodada - Lyon x Montpellier

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


FOTO: olweb.fr

Lyon e Montpellier estão colados na tabela. O OL ocupa a 8ª colocação, com 14 pontos. Esta é a mesma posição do MHSC, que vem logo em seguida, em 9º, perdendo somente no saldo de gols. A partida de hoje coloca frente a frente dois adversários com potencial para almejar mais na Ligue1. Quem vencer hoje, pode alcançar, inclusive, o G4 do Campeonato Francês, dependendo, obviamente, de uma combinação de resultados.

A partida será às 17h, do horário de verão de Brasília. O SporTV2 deverá transmitir a peleja ao vivo. Abaixo, confira os relacionados pelos dois clubes.


LYON:

GOLEIROS: Mathieu GORGELIN e Anthony LOPES;
LATERAIS: Christophe JALLET, Mehdi ZEFFANE, Henri BEDIMO e Corentin TOLISSO;
ZAGUEIROS: Milan BIŠEVAC, Samuel UMTITI e Bakary KONÉ;
VOLANTES: Arnold MVUEMBA, Jordan FERRI e Maxime GONALONS;
MEIAS: Yoann GOURCUFF, Nabik FEKIR e Steed MALBRANQUE;
ATACANTES: Clinton N'JIE, Mohamed YATTARA e Alexandre LACAZETTE;
TÉCNICO: Hubert FOURNIER;
DESFALQUES: Mouhamadou DABO, Gueïda FOFANA, Clément GRENIER e Yassine BENZIA



MONTPELLIER:

GOLEIROS: Geoffrey JOURDREN e Laurent PIONNIER;
LATERAIS: Siaka TIÉNÉ e Yassine JEBBOUR;
ZAGUEIROS: Vitorino HILTON, Daniel CONGRÉ e Abdelhamid EL KAOUTARI;
VOLANTES: Jamel SAIHI, Joris MARVEAUX, Bryan DABO, Paul LASNE e Jonas MARTIN;
MEIAS: Morgan SANSON e Jean DEZA;
ATACANTES: Anthony MOUNIER, Lucas BARRIOS, Victor Hugo MONTAÑO, Soyleymane CAMARA e Kévin BÉRIGAUD;
TÉCNICO: Rolland COURBIS;
DESFALQUES: Mathieu DEPLAGNE


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domingo, 5 de outubro de 2014

Lacazette marca três, Lyon dá show e despacha os cachorros!

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Atuação impecável dos Gones garantiu um jogo fácil, tranquilo a ponto de Anthony Lopes quase nem precisar trabalhar na partida. Lacazette marcou seu primeiro hat-trick como profissional




Manhã de domingo de eleições no Brasil e de futebol na França! Pela 9ª rodada da Ligue1, o Lyon recebia o Lille no Stade Gerland em busca da vitória para subir várias posições na tabela da competição. Os Dogues, por sua vez, tinham a missão de vencer para voltar a assumir a segunda colocação do torneio. O time visitante acabara de empatar com o Wolfsburg pela fase de grupos da Liga Europa, após uma desempenho ruim – mesmo jogando fora de casa – tinha a oportunidade de mostrar para seu torcedor que o time não está em descendência e bater o Lyon era a estratégia perfeita para isso.

Para evitar o ímpeto do LOSC, o Lyon veio com duas grandes novidades entre os 11 titulares. A primeira era o retorno de Bisevac ao miolo de zaga. Ele já estava disponível para Fournier na semana passada, mas ficou no banco. Agora, definitivamente, o zagueiro sérvio voltava ao time titular. Outro que retornava ao elenco era Yoann Gourcuff. Muito se discutiu sua presença começando o jogo ou se, novamente, ele iniciaria no banco de reservas. Fournier dava oportunidade ao jogador. Abaixo, você pode conferir como ficou o time do OL para o jogo de hoje:




Ao contrário do Lyon, que tinha reforços voltando ao time, o Lille tinha vários problemas relacionados ao departamento médico. Ao todo, eram seis desfalques: Pape Souaré, o capitão Rio Mavuba, Jonathan Delaplace, Marvin Martin, Marcos Lopes e Ryan Mendes. Todos eles com potencial para preencher alguma posição entre os titulares dos Dogues. Exatamente por isso, René Girard se viu na obrigação de levar pro banco o jovem Jean-Eudes Aholou, que ainda não havia estreado pelo time principal do Lille. Contudo, mesmo com os desfalques, o LOSC era um grande time, com jogadores de qualidade a ponto deste blog cravar que era uma equipa, ainda assim, melhor que o Lyon. Confira a escalação:




Com o início da partida, Lyon e Lille mostraram o motivo de serem times em destaque na Ligue1 neste século. A partida começou em um ritmo muito acelerado. Os dois times querendo mostrar trabalho e provar que poderiam vencer a partida. O OL ela ligeiramente melhor, talvez em função do fator casa. Pelo fato dos dois times entrarem com formações parecidas, e com o meio de campo povoado, o setor estava muito bagunçado e pouco compacto.


A primeira chance de gol apareceu aos 13’, quando Lacazette recebeu bola no lado direito do campo. Por ele ter saído pra buscar o jogo, a área estava despovoada. No momento em que fez o cruzamento, não havia nenhum jogador do OL para completar a assistência. Mesmo assim a bola ficou quicando a espera de alguém para finalizar. Enyeama precisou usar sua elasticidade para evitar o perigo. Neste momento, o Lyon já tinha duas oportunidades de escanteios não concluídas em chances reais.

Aos 17’, o Lyon tinha em mãos mais uma grande oportunidade para abrir o placar. Após boa troca de passes na região intermediária do campo de ataque, o árbitro Clément Turpin marcou falta na região da meia lua, frontal ao gol de Enyeama. Quatro jogadores do OL se colocaram para cobrar a falta. Lacazette se prontificou a cobrar e a bola explodiu na barreira. No rebote, o OL permaneceu com a posse da bola, mas não conseguiu ser eficaz na continuidade do lance. Minutos depois, mais uma oportunidade do Lyon em arrancada de Jordan Ferri. Ele achou Lacazette passando na entrada da área pelo lado esquerdo. O atacante chutou em cima de Enyeama, que defendeu com tranquilidade.


O Lyon permanecia melhor em campo. O LOSC quase não incomodava – ou chegava perto – do goleiro Anthony Lopes. Praticamente, todas as jogadas do primeiro tempo foram criadas pelo OL e a conclusão em gol foi questão detalhe. Aos 32’, quando Bedimo arrancou do lado esquerdo, tabelou com Tolisso e recebeu um lindo passe de volta. Ele saiu frente a frente com Enyeama, sem marcação. Mas a falta de cacoete de finalização forçou o camaronês a chutar fraco e facilitar a vida do goleiro nigeriano.

Quando o primeiro tempo parecia que iria se encaminhar para o 0 a 0, apareceu a estrela de Nabil Fekir. O Lille atacava e o OL roubou a bola. Ela caiu nos pés do meia que, rapidamente, achou Lacazette se deslocando em velocidade do outro lado do campo. O atacante do Lyon recebeu o lindo passe, se livrou de Béria na disputa corpo a corpo e saiu de frente com Enyeama. Desta vez, Lacazette não perdoou e abriu o placar. Após o lance, René Girard reclamou falta de Alex Lacazette em Béria. O árbitro Clément Turpin não gostou e expulsou o treinador do LOSC.


Poucos minutos depois, o Lyon ampliaria o marcador. Novamente, Fekir recebeu bola, partiu pra cima da marcação e recebeu falta no bico da grande área. Gourcuff se posicionou, fez a cobrança, e colocou na cabeça de Alexandre Lacazette que, sem marcação, marcou o segundo dele e o segundo do OL na partida! 2 a 0. Neste momento, o atacante do Lyon passava Ibrahimovic na lista de artilheiros e assumiu a segunda colocação, atrás somente de André-Pierre Gignac, do Marseille.

Para a segunda etapa, o Lille voltou com duas alterações. Divock Origi e Ronny Rodelin entraram nos lugares de Adama Traoré e Nolan Roux. As duas trocas não mudariam a formação tática do time visitante, mas dava um gás novo ao time. A expectativa era reoxigenar o abatido LOSC para o segundo tempo para, quem sabe, ir em busca do empate, que nesta altura, já parecia algo de bom tamanho.


Contudo, as trocas não surtiram qualquer efeito nos Dogues. O Lyon continuava bem melhor na partida, dominando o jogo, ditando o toque de bola e a posse da mesma. O LOSC, que já não havia incomodado na primeira etapa, levava a segunda nos mesmos moldes. Até os 20’ da etapa final, os visitantes só tinham chegado uma vez, com um cruzamento pra área que Anthony Lopes evitou sem qualquer perigo.

Aos 25’ do segundo tempo, o Lyon fez sua primeira alteração na partida. Muito aplaudido e ovacionado pelos torcedores, Nabil Fekir deixou o campo e deu lugar a Clinton N’Jie. Explorar a velocidade do camaronês era uma boa opção, uma vez que o Lille se jogava ao ataque e deixava muitos buracos para um eventual contra-ataque do OL. Minutos depois, o OL também colocou Bakary Koné no lugar de Bisevac, que voltava de lesão e ainda não estava 100% para suportar uma partida inteira.


Faltando um pouco mais de 10’ para o término do jogo, o Lyon, até por instinto natural, se recuou bastante e dava espaços pro Lille tocar a bola no seu campo de defesa. Contudo, os Dogues não tinham muita força para fazer uma “real pressão”. Ficavam rodeando a área de Anthony Lopes e quase não haviam oportunidades de conclusão para o gol. Em contrapartida, deixavam muitos espaços atrás e permitia o avanço do OL em contragolpes. Esse era o momento de acionar a velocidade de N’Jie, que estava preparado para receber bolas em condições!

E foi assim que o Lyon conseguiu fazer o seu terceiro tento na partida! N’Jie recebeu em velocidade, sambou pra cima dos defensores, esperou a passagem de Lacazette que recebeu em ótimas condições de marcar. Ainda assim, o matador do OL esperou o defensor, cortou ele e o goleiro e somente com o gol completamente aberto marcou o seu hat-trick e passou Wissam Ben Yedder do Toulouse na artilharia, ficando atrás somente de Gignac.


Por fim, o Lille já não tinha mais forças alguma para tentar esboçar qualquer reação. O placar já estava definido e o OL aplicou um nó tático. Mérito de Fournier e dos jogadores que fizeram uma partida praticamente impecável. Todos eles! Nenhum jogador esteve abaixo da média hoje. Destacamos alguns deles como fundamentais para o jogo de hoje: Bedimo, Ferri, Fekir, Gourcuff e claro, Lacazette. O Lyon agora é o 6º colocado e pode disputar até mesmo a vice-liderança na próxima rodada.

Agora o Lyon se concentra para receber um outro recém-campeão francês. É a vez do Montpellier. O jogo será no Stade de La Mosson, às 16h do próximo domingo, dia 19. O jogo é válido pela 10ª rodada da Ligue1. Até lá!

FOTOS: olweb.fr / Football365.fr


GOLS DA PARTIDA:
Lacazette 1-0:


Lacazette 2-0:



Lacazette 3-0:



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sábado, 4 de outubro de 2014

[LIGUE1 14/15] 9ª rodada - Lyon x Lille

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


FOTO: olweb.fr

Neste domingo, o Lyon recebe o Lille no Stade de Gerland pela 9ª rodada da Ligue1. Os Dogues estão bem colocados na tabela, em 3º lugar, com um jogo a menos que o Bordeux. Caso vença o OL, reassume a segunda colocação e ficaria apenas quatro pontos de distância do líder, Bordeaux.

O Lyon precisa da vitória para sair da parte mediana ta tabela. A vitória poderá tirar os Gones da 10ª colocação e colocá-los em 4º lugar, dependendo da combinação de resultados.

A partida será às 12h do horário de Brasília e não haverá nenhuma transmissão dos canais de TV brasileiros. Abaixo, os atletas relacionados pelos dois times.


LYON:

GOLEIROS: Mathieu GORGELIN e Anthony LOPES;
LATERAIS: Christophe JALLET, Mehdi ZEFFANE, Henri BEDIMO e Corentin TOLISSO;
ZAGUEIROS: Milan BIŠEVAC, Samuel UMTITI e Bakary KONÉ;
VOLANTES: Arnold MVUEMBA, Jordan FERRI e Maxime GONALONS;
MEIAS: Yoann GOURCUFF, Nabik FEKIR e Steed MALBRANQUE;
ATACANTES: Clinton N'JIE, Mohamed YATTARA e Alexandre LACAZETTE;
TÉCNICO: Hubert FOURNIER;
DESFALQUES: Mouhamadou DABO, Gueïda FOFANA, Clément GRENIER e Yassine BENZIA



LILLE:

GOLEIROS: Vincent ENYEAMA e Steeve ELANA;
LATERAIS: Sébastien CORCHIA, Franck BÉRIA e Djibril SIDIBÉ;
ZAGUEIROS: Marko BASA, Adama SOUMAORO, David ROZEHNAL e Youssouf KONÉ;
VOLANTES: Idrissa GUEYE e Florent BALMONT;
MEIAS: Adama TRAORÉ e Jean-Eudes AHOLOU;
ATACANTES: Michael FREY, Ronny RODELIN, Nolan ROUX e Divock ORIGI;
TÉCNICO: René GIRARD;
DESFALQUES: Pape SOUARÉ, Rio MAVUBA, Jonathan DELAPLACE, Marvin MARTIN, Marcos LOPES e Ryan MENDES


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