domingo, 1 de fevereiro de 2015

Monaco joga melhor, mas Lyon segura o resultado em branco no Louis II

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Sem contar com Lacazette e perdendo dois jogadores por lesão durante o jogo, o resultado, pelas circunstâncias, foi positivo para o OL que agora enfrenta o PSG na próxima rodada em confronto direto pela liderança



A rodada, que começou na última sexta-feira, já era complicada para o Lyon. O primeiro indício de que seria difícil, era o fato de já ter que enfrentar o Monaco no Louis II. O time do Principado não sabe o que é uma derrota desde o final de novembro do ano passado e vem em ascensão na Ligue1. Depois, veio o fator Lacazette. O artilheiro do Francesão se contundiu e ficará de fora de, no mínimo três rodadas. Posteriormente a isso, Olympique de Marseille e Paris-Saint Germain venceram na rodada e encostaram no Lyon diminuindo a distância para apenas um ponto. O OL entrava em campo com a missão de vencer para não ter um confronto direto contra o PSG na próxima semana. Portanto, a partida tomava contornos de decisão por esses motivos.

Para enfrentar o Lyon, o técnico Leonardo Jardim tinha três retornos de atletas que estavam indisponíveis: Leyvin Kurzawa, Ricardo Carvalho e Yannick Ferreira Carrasco. Todos eles titulares. Por outro lado, tinha as ausências dos recém contratados Alain Traoré e Matheus Carvalho, além de Lacina Traoré (jogando pela Costa do Marfim) e Aymen Abdennour (jogando pela Túnisa), por fim Geoffrey Kondongbia estava de fora por lesão. Em campo, um Monaco diferente daquele que vimos na Ligue1 da última temporada mas, ainda assim, um time bastante forte. Os pilares eram o goleiro Subasic, o volante Toulalan, o meia Ferreira Carrasco e o atacante Berbatov. Abaixo, você pode ver como ficou escalado o ASM para o jogo deste domingo:




Além da já citada ausência de Lacazette, o Lyon não podia contar com Henri Bedimo (Camarões), Momo Yattara (Guiné), Mehdi Zeffane (Argélia), e Bakary Koné (Burkina Faso). Com exceção de Yattara e Zeffane, que ainda disputam a Copa Africana de Nações, os demais já teriam condições de jogo, mas Fournier preferiu dar folga. Diferentemente de Clinton N’Jie, atacante que também estava com Camarões mas precisou ser relacionado devido a ausência do artilheiro do time. No mais, Clément Grenier e Gueïda Fofana ainda estavam no departamento médico que, por sua vez, liberou o retorno do zagueiro Lindsay Rose. Abaixo você pode ver como ficou o Lyon montando sem seu principal jogador:




O Stade Louis II não estava cheio – o que não é uma novidade – mas a torcida fazia muito barulho. Empurrava o time e sabia que o Monaco vivia um momento especial. Mas o jovem time do Lyon, aparentemente, não se importava com isso tudo. Entrava em campo como líderes e entrava com vontade. Nos minutos iniciais, o OL teve mais movimentação e quase marcou com Benzia. Os mais de 700 minutos do ASM sem sofrer gols parecia mero detalhe diante da postura dos Gones.


A primeira grande oportunidade de gol surgiu antes dos 15’ iniciais com um passe de Ferri, que achou Fekir entrando na área. O meia passou como quis pelo zagueiro brasileiro Wallace e parou na intervenção certeira de  Subasic. O Monaco respondeu logo em seguida com ótima jogada de Fabinho pela direita, levando até o fundo e achando Berbatov sozinho na área. O búlgaro foi displicente e cabeceou na trave, quando poderia ter calma para até dominar a bola se quisesse.

Após as duas sequências de perigo, o Lyon precisou queimar sua primeira alteração. Milan Bisevac, em disputa de bola, acabou sofrendo uma torção no joelho. Ele até tentou aguentar ficar mais tempo em campo e não aguentou. Pediu a alteração e acabou dando lugar para Lindsay Rose. Nesse momento, o OL tinha a dupla de zaga formada por dois jovens de 21 e 22 anos, respectivamente.


Aos 28’, o Lyon criou ótima oportunidade. Em escanteio do Monaco, Gourcuff aliviou o perigo dando um chutão pra frente. Lá na frente estava Fekir, que dominou e foi derrubado por Dirar. Falta marcada pelo árbitro na região intermediária. Para a cobrança, Corentin Tolisso se colocou a disposição e cobrou com muito efeito. Um chute forte que assustou o goleiro Subasic, que fez boa defesa e espantou o perigo.

Ainda antes do intervalo, o Monaco, assim como o Lyon, precisou queimar uma alteração ainda no primeiro tempo. Andrea Raggi sentiu algum incomodo na região do joelho e deixou o campo eufórico de raiva pela lesão. Posteriormente, deixou o banco de reservas com uma aplicação de gelo na região. Para o seu lugar, Leonardo Jardim optou pelo óbvio e acabou entrando o experiente zagueiro Ricardo Carvalho.


Na volta para o segundo tempo, o Monaco teve a oportunidade de abrir o placar e, por um pequeno detalhe, não conseguiu. João Moutinho cobrou uma falta de tiro livre indireto e acabou batendo cruzado pra área. A bola quicou por ali, Wallace tentou encostar nela, mas ela entrou pro gol sem que ninguém a tocasse. Anthony Lopes, que já estava batido no lance, rapidamente comunicou ao árbitro Benoît Millot que, acertadamente, anulou o gol.

Aos 15’ da etapa final, foi a vez do Lyon tentar mais uma vez marcar o seu gol. Em um lance de genialidade de Yoann Gourcuff, o meia abriu espaço e descolou uma assistência fantástica para Fekir aparecer entre os zagueiros monegascos. O meia, prensado pela defesa, conseguiu bater meio torno e a bola saiu pela linha de fundo em uma finalização que não parecia nem chute e nem cruzamento. OL perdia ótima chance.


Com o jogo se encaminhando para o fim, os treinadores foram mexendo. Fournier precisou trocar mais uma vez por lesão e Gourcuff  - claramente sentindo dores nas costas - deu lugar a Rachid Ghezzal. Depois foi a vez de Jardim colocar Anthony Martial no lugar de Nabil Dirar. Aos 35’ do segundo tempo, quem entrou foi o jovem Maxwell Cornet no lugar de Yassine Benzia, que não conseguiu aproveitar a chance que teve hoje.

Em determinado momento do jogo, o árbitro Benoît Millot não viu, mas poderia ter expulsado o brasileiro Wallace em lance fora de jogo. Umtiti tentou fazer uma jogada individual no ataque e acabou sendo desarmado. O zagueiro do OL caiu nos pés de Wallace e ficou sentido dores, antes do brasileiro dar continuidade ao lance, ele deu um pisão desnecessário em Umtiti que pode lhe render uma punição severa da LFP (veja AQUI como foi o lance).


Com a bola rolando, o Monaco já conseguia ser melhor que o Lyon dentro de campo. Tentava, botava uma pressão, mas ainda não conseguia botar tanto perigo assim. Em um lance de escanteio, o time da casa quase conseguiu marcar se não fosse a intervenção do goleiro dos Gones. João Moutinho cobrou o canto e Lopes saiu mal. Ainda assim, o arqueiro desviou com a ponta dos dedos. Wallace estava no segundo pau pronto para completar de cabeça e o desvio acabou sendo providencial.

Mesmo com quatro minutos de acréscimos, o Monaco, que no segundo tempo foi bastante superior ao Lyon, não conseguiu criar grandes oportunidades de gol. A única chance foi de Bernardo Silva, já aos 48’, da etapa final, quando recebeu de costas pro gol e bateu de primeira, por cima do gol. Era a chance de ouro de liquidar com o jogo... mas faltou calma e experiência para o português.


Por fim, Leonardo Jardim nem chegou a completar suas três alterações e o Monaco não conseguiu seu objetivo no jogo: a vitória. O OL segurou bem e, devido as circunstâncias, tanto de pré-jogo, como de jogo, o empate foi satisfatório. Mesmo que a distância para o segundo colocado tenha caído para somente dois pontos, empatar com o embalado Monaco, fora de casa, foi um grandioso placar.

O próximo jogo do Lyon é mais uma pedreira! O adversário da vez é o todo poderoso Paris-Saint Germain, no próximo domingo, dia 08/02, às 18h do horário de Brasília. A partida será válida pela 24ª rodada do Campeonato Francês e será no Stade Gerland. Até lá!

FOTOS: sport.fr / olweb.fr


MELHORES MOMENTOS:



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