domingo, 3 de janeiro de 2016

Na estreia do novo treinador, Lyon aplica um 7 a 0

Filipe Frossard Papini
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O adversário era o Limoges, time que joga o equivalente a 5ª divisão. Lyon passa o carro e avança para os 16 avos de final em ótimo começo de Bruno Génésio




2016 começava com o Lyon tendo novidades. A começar pela mudança no departamento técnico. Desligado do clube, Hubert Fournier dava lugar ao até então assistente técnico Bruno Génésio. O agora treinador juntou o elenco aparentemente rachado e resolveu fazer uma intertemporada de poucos dias em Marbella, na Espanha. Tudo isso visava justamente a partida deste dia 03 de janeiro, diante do Limoges, da CFA2, equivalente a 5ª divisão do Campeonato Francês.

O Limoges, apesar de pequenino, não era um time a ser subjugado. Na fase anterior da Copa da França, o time quase amador eliminou o importante Auxerre, da Ligue2. Sendo assim, todo cuidado era pouco para um reinicio de trabalho. Por isso, o novo treinador apostou naquela formação que fez sucesso com o Lyon no início do século e resolveu voltar com o 4-3-3. Podendo contar também com os retornos de Jallet e Umtiti (além de Kalulu no banco), Génésio escalou o Lyon de forma bem simples, como pode ser visto na imagem abaixo. Debaixo dela, vemos a formação do Limoges.





Com bola rolando, via-se logo no segundo minuto de jogo que Bruno Génésio não estava enganado sobre a nova postura de jogo do OL. O primeiro gol já sairia ali mesmo. Tudo começou em cruzamento do lado direito. A bola foi rebatida pela defesa e rolada em direção a meia lua e Gonalons bateu de qualquer jeito. E a trajetória do chute foi tomando um sentido que acabou por desviar em Maxwell Cornet e dificultou a vida do goleiro Jonathan Monteiro Machado. 1 a 0!

Por ser um momento raro e extremamente divertido, a torcida do Limoges fazia sua parte no modesto Stade Michel-Amand (ou Stade de la Pépinière), com capacidade para aproximadamente 12 mil espectadores. Eles vibravam com qualquer lance diferente ou qualquer jogada com um mínimo de efeito do time da casa. Seja um lançamento bem feito, um drible ou uma provocação. Típico da Copa da França, a competição mais democrática do planeta.

Em campo, no futebol praticado, o Limoges não correspondia a expectativa e vibração de seus próprios torcedores. Nitidamente inferior em campo, e mesmo com um gol a menos no placar, se colocou em um ritmo extremamente defensivo – provavelmente visando não sofrer uma goleada – e deixou o Lyon por boa parte de todo o primeiro tempo tocar bola na entrada da área. A falta de qualidade do OL não foi o suficiente para estender o marcador.

Mesmo com essa supremacia dentro das quatro linhas, o Lyon tinha muita dificuldade para sair jogando. Enquanto Grenier não aparecia para buscar o jogo, a bola não conseguia sair dos pés dos defensores e isso permitia que os homens de frente (os únicos com liberdade) do Limoges conseguissem aparecer na tentativa de fechar o passe ou simplesmente serem acionados em alguma roubada de bola no meio de campo. Um perigo desnecessário que o Lyon sofria.

O ferrolho defensivo, e já furado, do Limoges só durou até os 37’ da etapa inicial. Foi ali que o time da casa sofreu seu segundo gol na partida. Um ótimo passe de Ghezzal pela direita acabou achando Sergi Darder passando em profundidade. O passe cortou boa parte da defesa e fez o espanhol avançar até a linha de fundo, no cruzamento, mesmo prensado pela defesa, Cornet conseguiu finalizar e marcar o segundo dele e o segundo do OL no jogo. 2 a 0!

Além dos dois gols do primeiro tempo, uma jogada também marcou a primeira metade do jogo. Rachid  Ghezzal, jogando hoje pelo lado direito do campo, com o intuito de ter liberdade de cortar para o meio e bater – ao estilo Arjen Robben – conseguiu se destacar. E um chute dele quase vira um golaço. Ele fez exatamente como manda a cartilha e acertou a junção da trave com o travessão. Poderia ter sido o terceiro, não foi por pouco.

O começo da segunda etapa foi bem similar ao início do jogo. Com a diferença que o Limoges teve uma chance antes. Um cruzamento pra área não aproveitado acabou virando escanteio. O time da casa cobrou, deu contra-ataque e Cornet puxou. Já perto da área, ele passou para Beauvue que tocou sutilmente na saída do goleiro e marcou o terceiro do Lyon na partida, aos 4’ do segundo tempo.

A grande diferença do segundo para o primeiro tempo é que o Lyon gostou do jogo e parou de errar gols. O placar extenso, consequentemente também dava aos jogadores uma maior segurança para arriscar. E foi assim que Rachid Ghezzal marcou aquele gol que não havia conseguido no primeiro tempo. Ele recebeu do lado direito, quase na ponta da área, olhou pro gol, viu o goleiro adiantado e colocou no trinco, sem chances para o goleiro que, novamente, só assistiu. 4 a 0.

E o quinto não demorou também muito tempo para acontecer. Autor de dois gols, Cornet acabou sentindo uma pequena lesão e deu lugar a Aldo Kalulu, que acabara de voltar de lesão. E ele queria jogo. Praticamente no seu primeiro toque na bola, abusou da velocidade e da agilidade, fez uma ótima tabela com Sergi Darder e a bola sobrou para Ghezzal dentro da área, que só empurrou para as redes. Feito o 5 a 0!

E tinha espaço para mais. Após trocar Grenier por Tolisso, Bruno Génésio parecia viver uma melhor estreia impossível. Novamente, após mais uma alteração, mais um gol. Foi a vez de Sergi Darder receber de frente pro gol e avançar. A marcação não apareceu e ele continuou avançando. Foi até chegar na entrada da área. Quando viu o clarão, bateu no canto esquerdo do goleiro e saiu pro abraço. 6 a 0!

Você pensa que acabou? Um dos gols mais bonitos ainda sairia. Tolisso abriu o jogo no meio de campo para Jallet do outro lado. Ele tabelou com Darder, Beauvue, entrou na área e achou o mesmo Tolisso fechando a jogada que tinha se iniciado no meio de campo. Ele só completou para as redes. 7 a 0 e a torcida agora só apreciava. Após o gol, Mvuemba entrou no lugar de Ghezzal para fechar a última alteração de Génésio.

Já perto do fim, o Lyon ainda poderia fazer mais um, dois ou até fechar a tampa do caixão com um 10 a 0. Não fez por ineficiência. Só Mvuemba perdeu dois ou três gols na cara. E teve mais outras chances desperdiçadas pelos outros jogadores. Mas, no apagar das luzes, ficou por isso mesmo. Um 7 a 0 como presente para os torcedores, para o próprio Génésio que estreava e também para este que vos escreve em dia de seu próprio aniversário.

Agora todas as atenções do Olympique Lyonnais, como time e como clube de futebol, se voltam ao jogo do dia 09 de janeiro de 2016, às 14h. O Lyon enfrentará o Troyes, em casa. Mas não mais pelo Stade Gerland. O palco agora é o novíssimo Stade des Lumières. É a inauguração do novo palco do Lyon. O jogo será válido pela 20ª rodada da Ligue1. Até lá!

FOTOS: olweb.fr /FFF


GOLS DA PARTIDA:



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