sexta-feira, 8 de abril de 2016

Cornet faz dois e Lyon assume a vice-liderança provisória

Filipe Frossard Papini
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Jogo também marcou a volta de Nabil Fekir ao time depois de sete meses tratando de uma lesão no joelho. Lyon, agora, aguarda o jogo do Monaco no próximo domingo para saber se termina a rodada na segunda colocação



Para dar o start na 33ª rodada do Campeonato Francês, o Stade de La Mosson recebia, na tarde desta sexta-feira, o duelo entre Montpellier x Lyon. Os dois times em situações bem diferentes. Os donos da casa, lutam contra o  rebaixamento em uma campanha muito irregular. Vencer em casa um dos principais times da competição, além de dar os três pontos, também poderia ser o fôlego de moral que o elenco precisa para respirar até o fim do torneio sem ter pesadelos com rebaixamento. Por outro lado, o Lyon, em caso de vitória, dormiria na vice-liderança que só poderia ser destronada no domingo, caso o Monaco vença o Lille fora de casa.

Entre as semelhanças das duas equipes, duas voltas de lesões que duraram muito em seu tratamento. O Montpellier tinha de volta um dos seus principais personagens desde o título de 2012: o goleiro Geoffrey Jourdren, que entrou em campo pela última vez só na segunda rodada desta Ligue1. Uma lesão de oito meses o deixou afastado, hoje ele voltava e como titular. Além dele Congré, Ninga e Marveaux são outros jogadores que retornam ao time de Frédéric Hantz, com só o último começando no banco. Abaixo, é possível ver como ficou montado o MHSC:




Pelo Lyon, quem voltava de lesão era o craque Nabil Fekir. Ele havia ficado afastado por 7 meses e retornou na semana passada, em jogo pelo Lyon B. Agora, ele reintegrava o elenco principal, mas começava a partida no banco, muito em função da boa fase de Maxwell Cornet e Rachid Ghezzal, que conquistaram a vaga de titular, destronando não só Fekir, como Valbuena também. Outra mudança no time era a ausência de Morel, com uma lesão que o tirará dos campos por tempo indeterminado ainda. Bedimo, naturalmente, herdou a vaga. Veja como ficou o OL:




Mesmo jogando em casa, a postura do Montpellier era de time visitante. Dava o campo para o Lyon jogar, impor uma posse de bola e acionar seus homens de frente em contra-ataque. Com três homens na segunda linha de marcação e praticamente outros três para sair jogando em velocidade, o MHSC esperava o erro do OL para tentar abrir o placar. Mas pecava demais na falta de técnica justamente dos homens de frente. Boudebouz era o respiro, mas jogava um pouco mais recuado que Yatabaré e Ninga.

Por outro lado, apesar de ter mais posse de bola, o Lyon começava mais apagado. Precisava usar mais os lados de campo pelo grande movimento da parte central do campo. Os laterais apoiavam muito, mas tinham dificuldades para chegar até a linha de fundo. Essa movimentação, inclusive, era complicada até mesmo para os dois atacantes abertos (Cornet e Ghezzal) que, apertados pela marcação, tiveram aparições escassas na primeira parte do primeiro tempo.

A primeira boa participação do Lyon só aconteceu com 19’ de jogo. Foi o único momento em que o time conseguiu aprofundar suas jogadas. Cornet, pela direita, conseguiu chegar ao fundo, entrou na área e cruzou pra trás. Por lá, na entrada da área, já aparecia Ghezzal, que dominou, prendeu, carregou e bateu cruzado. Jourdren tava nela, mas a bola passou pelo lado esquerdo, com ligeiro perigo.

Com um jogo truncado e com um nível baixíssimo, o Montpellier brincava de perder oportunidades na frente. Ninga e Yatabaré tinham atuações risíveis e como já diria o ditado: “quem não faz, leva”. Aos 34’, Lacazette ganhou uma bola no meio, no pé de ferro, conseguiu superar a cobertura de Saihi e passou para Ferri dar sequência ao lance. Rapidamente, o volante achou Cornet passando pela direita. Ele só teve o trabalho de prosseguir, entrar na área e marcar. 1 a 0!

Com uma distância de somente seis minutos do primeiro gol, o Lyon conseguiu dobrar sua vantagem na partida. Em uma outra jogada criada por Lacazette, ele começou lá de trás, passou pelo meio, tabelou com Ferri, entrou na área, limpou tudo e deixou praticamente nos pés de Cornet, que aparecia do outro lado da área, livre e com o gol aberto para completar e colocar o 2 a 0 no placar.

A atuação horrível do Montpellier assustava a todos. Era um time sem qualquer recurso e tinha como o “chutão” sua maior arma para conseguir assustar na frente. Ainda assim, seus homens de área faziam uma atuação completamente abaixo da média, o que forçou o técnico Frédéric Hantz a mexer antes mesmo do intervalo. Trocou Jamel Saihi por Bryan Dabo aos 41’ da etapa inicial.

No segundo tempo, o panorama não mudou. Hantz voltou sem trocas, assim como Génésio. O cenário era bom para Fekir. Entrar com vantagem no placar, poderia jogar no tempo dele, sem pressão e voltar com toda calma do mundo, mas não foi isso que ocorreu. Ainda assim, o Lyon seguia melhor. Lacazette perdeu um gol sem marcação, após cruzamento de escanteio e poderia ter aumentado ainda mais a vantagem aos 9’ do segundo tempo.

Só aos 16’ da etapa final que Frédéric Hantz mexeu no seu ataque. Tirou o atrapalhado Yatabaré e colocou o experiente Camara – aquele mesmo que era titular na campanha de 2012. Com total certeza, era uma opção melhor no ataque e poderia fazer melhor do que aquilo que fora apresentado no primeiro tempo. Faltava Boudebouz, Martin e Sanson aparecerem mais para o jogo.

O Lyon só foi mexer aos 24’ do segundo tempo. E nada de Valbuena ou Fekir. Quem entrou foi Corentin Tolisso para substituir Sergi Darder, que apesar do placar favorável, não teve uma exibição tão destacada igual vinha fazendo em jogos anteriores. Taticamente, a montagem do time mantinha-se a mesma, mas o Montpellier tentava gostar um pouco mais do jogo e arriscava alguns lances de perigos. Valbuena só apareceu em campo aos 30’ do segundo tempo, substituído Ghezzal.

Mesmo com Valbuena e Tolisso, o Lyon não melhorou muito. Claro que já havia uma vantagem no placar e o ideal era só controlar o jogo. Mas o Montpellier dava espaços para o OL ampliar. Fazer dois, três ou até quatro gols no segundo tempo. Lacazette pecava em errar chances muito claras. O Lyon já conseguia explorar os lados do campo, mas o erro concentrava-se, agora, na finalização das jogadas.

Já faltando um pouco menos de 5’ para o término de jogo, Bruno Génésio lançou Nabil Fekir ao jogo. Entrou no lugar de Maxwell Cornet, o autor dos dois gols da partida. Naquele momento, o Lyon tinha uma formação tática bem próxima daquela que muitos torcedores do clube sonham em ver na prática. Teoricamente, é quase o time ideal, em termos de qualidade, que o treinador teria em mãos.

Mesmo com os cinco minutos finais, mais os acréscimos de mais quatro, o Lyon não ampliou. Chances aconteceram. Uma delas, inclusive, com Fekir. Ele recebeu de Lacazette e saiu de frente com Jourdren. Com um toque sutil, encobriu o goleiro adversário, mas a bola saiu por cima e tocou o teto da rede. Mas com o tempo de bola, deu pra ver que Fekir não perdeu a técnica. Será muito útil a partir de hoje, como já era de se esperar.

Agora, o Lyon só volta aos campos no dia 15 de abril, na próxima sexta-feira. O horário é o mesmo, às 15h30. O jogo será válido pela 34ª rodada do Campeonato Francês e será no Parc OL. Até lá!

FOTOS: FranceFootbal / L'Equipe / olweb.fr


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