domingo, 22 de janeiro de 2017

No clássico “Olympico”, Lacazette faz dois e garante vitória

Filipe Frossard Papini
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A partida também marcou a estreia de Memphis Depay pelo Lyon, que entrou no finalzinho e também uma linda homenagem a Gueïda Fofana!




Olympico! Este é o nome dado ao clássico entre Olympique Lyonnais e Olympique de Marseille. A 21ª rodada encerrou com essa partida, na noite deste domingo. No Parc OL, o objetivo das duas equipes era bem claro desde o começo: vencer para querer entrar na briga entre os três primeiros da Ligue1. Mesmo com o Monaco querendo disparar sobre os demais, ainda existe todo um segundo turno em vista e as ambições seguem à flor da pele. Em caso de derrota, para qualquer uma das equipes, o sonho tornava-se cada vez mais distante. Como tempero, os dois elencos apresentavam novas peças.

Pelo Lyon, a jovem estrela Memphis Depay chega do Manchester United a preço de ouro. Um investimento que o clube não fazia desde 2010, com Yoann Gourcuff. A expectativa da diretoria e dos próprios torcedores são as maiores possíveis. Sendo assim, o jogador de 22 anos já chegava com um grande peso nas costas de algo que ele já havia falhado jogando pelo time inglês. Ainda assim, para a partida de hoje, Memphis começava no banco de reservas, tornando uma expectativa para o estádio no segundo tempo. Abaixo, é possível ver como ficou montado do OL.




Pelo time do OM, a novidade não era um nome de tão grande porte assim. Mas era, de toda forma, um bom reforço. Morgan Sanson, meio-campista que até semana passada vestia a camisa do Montpellier, chegou com a pedida de resolver o problema no setor marselhês. Diferentemente de Memphis, Sanson começava jogando, até mesmo pela grande quantidade de desfalques que o técnico Rudi Garcia tinha para a partida de hoje: Bedimo, Sané, Hubocan, Kamara, Diaby, Vainqueur e N’Jié. Na imagem abaixo, é possível ver como ficou montado o elenco do Marseille:




Como todo bom clássico, os primeiros dez minutos de partida foram totalmente intensos. O Marseille teve mais domínio de jogo, queria propor o jogo e fazia isso muito bem. Maxime Lopez e Sanson conseguiam dominar o meio de campo. Gomis bagunçava a defesa adversária e dava os espaços para Sarr e Thauvin fazerem suas incursões, saindo do lado do campo para o meio. O Lyon passou aperto no começo do jogo.

O OL só foi conseguir se encontrar perto dos vinte minutos de jogo, principalmente em ataque pelo lado esquerdo do campo. Primeiro, um contra-ataque em que Lacazette achou Fekir entrando, ele dividiu com o goleiro e, na sequência, Valbuena parou em Pelé. Na sequência, foi a vez de Tolisso parar no goleiro adversário em cruzamento de Morel. E, por último, Tolisso desperdiçou de novo quando saiu frente a frente com Pelé e mandou, de cavadinha, por cima.

O lado esquerdo do Lyon funcionava bem no primeiro tempo. Faltava uma melhor sintonia entre Valbuena e Fekir para fazerem as coisas funcionarem. A bola custava a chegar nos pés de Lacazette, que é o jogador com maior poder de definição do clube e, não à toa, ele reclamava da falta de bola que recebia. Do outro lado do gramado, Cornet praticamente não encostava na bola e ainda tinha que fazer a cobertura quando Rafael subia.

O ímpeto ofensivo que o Marseille criou nos primeiros momentos da partida já não existia mais no desenrolar da etapa inicial. Gomis ficava isolado e servia somente como homem responsável por aparar a bola nos tiros de meta do goleiro Pelé. Thauvin e Sarr se apagaram e o meio de campo, que parecia estar ganho no início, não funcionava mais. O time dependia da individualidade de seus homens de frente para construir algo.

O Lyon chegou de novo somente aos 35’ de jogo. Em lançamento vindo da defesa, Tolisso foi achado perto da entrada da área. Com uma matada no peito e apenas um toque na bola, ele colocou na frente para Lacazette fazer a incursão. O atacante do OL entrou na área e, no momento da finalização, Rolando apareceu e, junto com o goleiro Pelé, conseguiram evitar o gol e mandar para escanteio.

Antes de chegar o intervalo, o Lyon criou sua última oportunidade no primeiro tempo. Lacazette tentava trocar passes na entrada da área, errou e na sobra, o Marseille voltou a bola para o OL. Na esquerda, Morel recebeu, abriu para Valbuena que dominou e fez todo o gestual corporal de quem iria cruzar a bola. Surpreendendo todo mundo, inclusive o goleiro Pelé, ele colocou no ângulo e abriu o placar. 1 a 0! Após o gol, o time todo do Lyon foi comemorar erguendo uma camisa de Fofana, volante de 25 anos do OL, aposentado esta semana devido a uma lesão incurável

Já no segundo tempo, quem teve a oportunidade de marcar logo no começo foi o Marseille. Em cobrança de escanteio, Zambo Anguissa apareceu no primeiro pau e se antecipou a todos, forçando ótima defesa de Lopes. Na sequência, foi a vez do OL quase marcar por duas vezes, e também de cabeça. Primeiro foi Rafael, em jogada bem parecida com a do OM. Em seguida, foi a vez de Yanga-M’Biwa. Pelé foi bem em todas elas.

O Lyon conseguiu ampliar o marcador aos 16’ do segundo tempo. E tudo aconteceu por uma falha bizarra do estreante (e bom) Morgan Sanson. Ele tentou cortar uma bola no meio de campo e ela sobrou nos pés de Lacazette, que só teve o trabalho de correr em direção ao gol e depois finalizar, tirando do goleiro. 2 a 0! Naquele momento, o OL tinha controle do jogo e a vantagem do placar.

Essa vantagem do placar, portanto, não durou muito tempo. Poucos minutos depois, foi a vez do OM marcar. Em falta quase no meio de campo, o Marseille colocou a bola na área. Ninguém conseguiu desviar a bola, ela ficou rebatendo dentro da área do OL e o brasileiro Doria conseguiu empurrá-la para dentro do gol, diminuindo a vantagem dos donos da casa. Naquele momento: 2 a 1!

Antes do gol dos visitantes, Rudi Garcia já tinha feito duas trocas. Colocou Cabella e Alessandrini, tirando Sarr e Lopez. E quando parecia que o Marseille poderia entrar novamente no jogo, Génésio tirou Fekir – que não fez um bom jogo – e colocou Tousart. Isso dava mais segurança ao meio-campo do OL. E foi aí que Lacazette fez mais um! Avançando a linha de marcação, o atacante pressionou a saída de bola de Rolando e Dória, que se complicaram e entregaram para ele fazer o 3 a 1!

Após fazer o terceiro, Bruno Génésio sentiu-se seguro para lançar Memphis Depay para estrear. O holandês substituiu Valbuena. Depois foi a vez de Ferri substituir Tolisso, que foi outro a fazer um excelente jogo neste domingo. Quase nos acréscimos, foi a vez de Rudi Garcia queimar sua última alteração e também a última do jogo. Ele tirou Florian Thauvin, que ficou apagado e colocou Saïf-Eddine Khaoui.

Nos minutos finais, o Lyon quase conseguiu ampliar e, novamente, seria com Lacazette. Mas ele foi displicente e acabou chutando muito forte e isolando a bola mesmo sendo uma finalização de dentro da área. No mais, no finzinho, deu pra ver uma pequena sintonia entre Memphis e Lacazette, mas nada substancial. O Lyon conseguiu levar o placar positivo até o final da partida, vencendo o Olympico.

O OL volta a campo no próximo sábado, dia 28/01, às 14h do horário de Brasília. O time jogará novamente no Parc OL e o adversário, desta vez, será o Lille. O jogo é válido pela 22ª rodada da Ligue1. Até lá!

FOTOS: Icon Sport / L'Equipe / olweb.fr


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