domingo, 10 de setembro de 2017

No sufoco, Lyon bate Guingamp e volta a vencer na Ligue 1

Filipe Frossard Papini
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Resultado foi importante para a sequência do calendário, que terá estreia na Liga Europa e o PSG na sequência do Campeonato Francês



O Lyon começou bem a Ligue 1. Emplacou duas vitórias consecutivas, mas depois tropeçou. Empatou, em casa, contra o Bordeaux e não conseguiu ultrapassar os Canários, em Nantes, também ficando com um ponto. A corrida pelo topo será acirrada nesta temporada e tropeços custarão caro logo mais. Por isso, a torcida cobra e exige bastante. Neste domingo, diante do Guingamp, no Groupama Stadium, era a oportunidade de deixar os erros pra trás e fazer seu resultado diante do torcedor. O OL tinha essa rodada do Campeonato Francês para se preparar, já que quinta-feira (14) já começa a Liga Europa e esta competição é prioridade para o clube.

A vantagem de Bruno Génésio para essa partida é que entrava em campo sem qualquer desfalque. Se deu ao luxo de sequer relacionar nomes como o zagueiro Diakhaby e do meia Grenier. Além disso, duas novas contratações que chegaram nos últimos momentos da janela também ficaram de fora: Diop e N’Dombélé. A grande novidade na escalação desta rodada foi a estreia como titular do jovem Christopher Martins-Pereira. O volante, que também joga na zaga, foi muito bem pela Seleção Luxemburguesa e ganhou a confiança de Génésio para suprir a saída de Darder. Abaixo, veja como ficou escalado o OL:




Por outro lado, o time visitante não contava com algumas peças. Antoine Kombouaré não tinha Jonathan Martins-Pereira (que não é parente do estreante do Lyon), o lateral esquerdo Franck Tabanou e o bom meia Yannis Salibur, que era a ausência mais sentida. Contudo, o Guingamp ainda tinha duas boas opções na frente. Contando com a ativação da “Lei do Ex”, Jimmy Briand era o homem de referência do ataque. Além dele, o EAG também tinha Marcus Thuram, filho do lendário lateral da Seleção Francesa, Lilliam Thuram. Marcus tem passagem por todas as seleções de base da França, do sub-17 ao sub-20 e, com 20 anos, é uma das promessas do time de Kombouaré. Abaixo, veja o time titular:




Mesmo com o Groupama Stadium praticamente tomado em sua parte inferior, o Lyon teve dificuldades desde o começo do jogo. Nos primeiros minutos, quem atacava e pressionava era o Guingamp. Antes mesmo dos dez minutos de jogo, chegaram por três oportunidades, sendo a principal delas uma infiltração de Deaux, que saiu sozinho frente ao goleiro Lopes que conseguiu se esticar e evitar a abertura precoce do placar.

Naquele momento do jogo, o problema maior nem era a pressão que o Guingamp exercia, mas sim a falta de manejo da partida que o OL construía. Não conseguia passar do meio de campo e, a tática de Génésio em escalar dois volantes de marcação parecia falha. Enquanto o Lyon saia com chutões, apertados pela pressão na saída de bola que o EAG fazia, o Guingamp chegava cada vez com mais ímpeto e fazendo a defesa dos Gones bater cabeça.

Quando Briand quase abria o placar em chute venenoso de fora da área, o Lyon conseguiu criar a sua primeira oportunidade em rápida resposta. Mariano Díaz recebeu em velocidade contra a defesa desarmada do EAG, continuou avançando e quando chegou perto da entrada da área, bateu colocado, sem muita força, mas com muita qualidade, no canto esquerdo de Johnsson que não conseguiu chegar. 1 a 0!

Após o gol, o Lyon melhorou bastante no jogo. Começou a chegar, coisa que não tinha feito nos primeiros 20’ de partida. Isso também foi influenciado pelo próprio Guingamp, que sentiu o golpe e não assimilou o injusto gol sofrido. Mariano Díaz criaria mais duas oportunidades. A primeira em cobrança de falta de muito longe que levou bastante perigo e depois uma cabeçada depois de cruzamento de escanteio.

Aos 36’ de jogo, o Lyon teve a sua melhor oportunidade do primeiro tempo para tentar ampliar o placar. Em cobrança de falta com 31 metros de distância, Fekir mandou direto pro gol, a bola desviou na barreira e por muito pouco não encobriu o goleiro Johnsson, que chegou a tocar nela, antes de acertar o travessão. Era a segunda ótima oportunidade do OL no jogo em bola parada.

Até o intervalo do jogo, o Lyon conseguia ter controle do jogo, apesar de ainda ter problemas na construção de jogadas e armação. Fekir precisava recuar bastante para puxar o jogo, ou até mesmo Traoré ter que sair do lado direito para vir até o centro para condução de bola. Memphis Depay, praticamente inativo, só serviu para puxar a marcação em boa parte do jogo. Mesmo indo para o segundo tempo com a vantagem no placar, o resultado ainda era perigoso e era preciso uma melhor na postura.

Na etapa final, assim como no começo do jogo, o Lyon começou sonolento e dando espaços para o Guingamp. Nos primeiros minutos, Deux parou novamente em ótima defesa do atento Lopes. Na sequência, foi a vez de Thuram quase surpreender o português em chute que passou à direita do goleiro. Sentindo a pressão, Bruno Génésio mexeu com cinco minutos, tirando o amarelado Martins Pereira e colocando Ferri.

Antoine Kombouaré viu que poderia impor mais pressão no Lyon e antes dos 20’ do segundo tempo mexeu duas vezes. Tirou o lateral Rebocho e colocou o zagueiro Eboa Eboa. Também tirou Camara a para a entrada de Marcus Coco. O time saia do 4-3-3 e iria pro 3-5-2 (com a bola), buscando avançar mais pelos lados e, ainda assim, preenchendo o meio de campo. Do outro lado, Génésio colocava Kenny Tete no lugar de Rafael em uma alteração protocolar.

O que parecia inevitável aconteceu. Aos 25’ de jogo, o Guingamp teve duas jogadas de bola levantada na área. A primeira, vinda de escanteio, Deaux colocou na cabeça de Marcus Thuram que acertou a finalização e parou em uma defesa elástica de Lopes, que acabou devolvendo a bola para Deaux. Na segunda tentativa, o volante colocou de novo na cabeça de Thuram que, dessa vez, colocou com categoria no ângulo, também de cabeça. 1 a 1 !

A resposta do Lyon apareceu de imediato. Logo na saída de bola, o time se colocou pra frente no ímpeto de desempatar o jogo. Fekir chamou a responsabilidade, recebeu de Memphis, carregou a bola na intermediária, se livrou de dois na marcação e quando parecia que o próprio Memphis Depay iria atrapalhar o lance, o mesmo Fekir finalizou, sem chances de defesa para Johnsson que já saia do gol para evitar. 2 a 1. Uma resposta em tempo recorde!

Kombouaré tinha pouco tempo e queria arrancar algum ponto. Logo tirou Étienne Didot e colocou Ludovic Blas. Já perto do fim, Génésio também queimou sua última troca e colocou Maxwell Cornet no jogo, tirando Bertrand Traoré, que fez sua partida mais apagada com a camisa do OL até então na temporada. OL cozinhava o jogo na esperança do relógio passar mais rápido e deixava o adversário impaciente.

Com quatro minutos sofridos de acréscimos, o Lyon tocava a bola e não permitia incursões e espaços para o adversário. O Guingamp, querendo o empate, já havia pressionado com mais ímpeto no decorrer do jogo e simplesmente assistia o OL fazer uma roda de bobinho no meio de campo. Por mim, o relógio jogou contra os visitantes e deu ao Lyon o retorno às vitórias na Ligue 1.

A Ligue 1 agora fica um pouco de stand-by e o time do Lyon se foca na Liga Europa. O primeiro jogo do Grupo E já acontece na próxima quinta-feira (14), às 14h. O adversário será o Limassol e a partida será no Tsirion Stadium, no Chipre. Até lá!

FOTOS: olweb.fr / L'Equipe


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