domingo, 11 de março de 2018

Depois de seis jogos sem vencer no Francês, Lyon bate o Caen pelo placar mínimo

Filipe Frossard Papini
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Resultado é o suficiente para trazer paz ao clima do clube, que vinha de severos protestos do torcedor. Foco continua sendo a Liga Europa




Não é fácil para ninguém entrar em campo, jogando em casa e com uma sequência de seis jogos sem vitória. É uma pressão, misturada com cobrança e uma pitada de medo. Ainda assim, o perfil geral da torcida do Lyon na partida de hoje era de apoio com alguns protestos, pedindo a demissão do técnico Bruno Génésio. A única forma de reverter o quadro era, teoricamente, simples: vencer em casa! Acontece que o adversário é o mesmo Caen, que surpreendeu Génésio em 1º de março, nas quartas de final da Copa da França e o OL acabou sendo eliminado. Será que hoje era o dia da redenção. Ao menos era o que a torcida esperava.

Para tentar dar um ânimo no grupo jogando pela Ligue 1, Bruno Génésio fez mudanças no time, mas não na formação tática. Ele permaneceu usando o 4-3-3, mas Rafael, voltando de lesão, recuperou a posição na direita. No meio, Ferri entrou no lugar de Aouar e, na frente, Maolida ganhou o espaço de Memphis Depay. Claro, Nabil Fekir, ainda machucado, sequer foi relacionado para a partida. Definitivamente, um time com pouco poder de criação para enfrentar um adversário bem fechado. Veja como ficou armado o OL:




Já Patrice Garande também apareceu com mudanças. Na vitória, em casa, diante do Lyon, na Copa da França, ele havia armado seu time no 4-3-3. Agora, ele vai com um 3-5-2. Uma formação que já começa claramente com a intenção de, ao menos, levar um empate para a casa. Uma ideia que foi bem-sucedida com o Montpellier no último final de semana. Dessa vez, ele não teria Sankoh e Santini, titulares naquela oportunidade, além de Adama Mbengue. Mas também contava com os retornos de Bessat, que entrava jogando e do finlandês Stavitski, iniciando no banco. Veja como ficou armado o Caen:




Com os primeiros movimentos de bola rolando, o Lyon se mostrava mais propício a tomar as rédeas do jogo, atacava mais, distribuía mais as bolas, mas faltava criatividade. Com três volantes em campo e três homens com poder de serem centroavantes, ficava um buraco na intermediária do ataque, mas a princípio, isso não era um problema, uma vez que o Caen não jogava tão recuado assim, como se esperava.

Rapidamente, o OL percebeu que não dava para chegar pelo centro do campo. Começou, então, a explorar as beiradas do gramado. Além disso, criava uma espécie de rotação entre Mariano Díaz e Maolida, ora um jogava centralizado, ora ouro caia pela esquerda. Ainda assim, antes dos vinte primeiros minutos iniciais, as duas oportunidades criadas pelo Lyon foram de bolas paradas e ambas com Traoré. Sem muito sustos para Vercoutre.

Enquanto o Lyon buscava espaços (e até encontrava alguns, sem muito sucesso nas finalizações), o Caen não tinha muitos recursos: era recuperar a bola do adversário e tentar acionar Rodelin e Crivelli, que também poucas situações criaram. Igualmente ao OL, o Caen também só conseguiu chegar pelas beiradas e em lances de bola parada, o que significava um meio de campo muito bem preenchido pelas duas equipes.

Aos 35’ de jogo, o Lyon criou sua melhor oportunidade no jogo. E foi com a bola pelo centro do campo. Myziane Maolida saiu da esquerda e conseguiu tabelar com Mariano Díaz. Ele chegou na área para finalizar e antes de bater, conseguiu fintar o defensor. Na hora do chute, a bola ainda foi desviada no zagueiro caído, iria em direção ao gol, mas Vercoutre se esticou todo e fez uma defesa providencial, com as pontas dos dedos. Bela intervenção.

Perto dos 40’, o OL criou mais uma boa oportunidade. Mais uma boa criação de Mariano Díaz. Ele conseguiu ver uma ultrapassagem de Traoré, que recebeu em diagonal e conseguiu finalizar na saída de Vercoutre. A bola, que seria para encobrir o goleiro, acabou saindo sutilmente por cima do gol. Nesse fim da primeira etapa, o Lyon conseguia achar mais espaços pelo centro do campo.

Definitivamente, o Lyon foi melhor no primeiro tempo, criou e finalizou. Mas ainda era pouco. Destaques para os reservas Ferri e Maolida, que começaram jogando e fizeram um excelente primeiro tempo, taticamente falando. O gol foi uma questão de detalhe, ainda mais que o Caen não conseguiu produzir quase nada. Ao menos, Génésio voltava com seu time para o vestiário com uma boa percepção da primeira parte do jogo, apesar das vaias.

Na volta do segundo tempo, o Lyon já quase conseguiu abrir o placar bem no comecinho. Mendy recebeu bola na esquerda, fez a incursão pro meio e bateu cruzado. Desta vez, Vercoutre não conseguiu alcançar e a bola tocou a trave esquerda. Mais uma excelente chance do OL no jogo e que não entrou por detalhe. Este era o OL querendo mostrar serviço depois do intervalo.

Quando o Lyon parecia que estava gostando do jogo e, finalmente, estava perto de buscar o seu gol, o Caen apareceu quase abrindo o placar. O lance aconteceu com Bessat, pelo lado esquerdo. Ele cruzou na área e lá estava o gigante Crivelli, que subiu mais do que todo mundo e colocou na trave. No rebote, Lopes buscou antes do centroavante chegar. Um minuto depois, o Caen chegava de novo, mais uma vez com Crivelli, para assustar a torcida.

A resposta do Lyon demorou, mas chegou. Aos 17’ do segundo tempo, Mendy tentava mais uma jogada pela esquerda. Ele cruzou pra área e a bola rebateu em dois defensores até chegar nos pés de Bertrand Traoré. Ele só teve o trabalho de empurrar para as redes, fora do alcance de Vercoutre! 1 a 0! No lance seguinte, inclusive, o Lyon quase ampliou em jogada bastante similar. Desta vez, Mariano Díaz não soube aproveitar a oportunidade.

Após o gol, Bruno Génésio mexeu. Era a primeira troca no jogo. Colocou Memphis Depay no lugar de Myziane Maolida, que fez um ótimo jogo. Minutos depois, foi Garande quem mudou. Entrou Stavitski e Deminguet nos lugares de Bessat e Rodelin, este último, com dores na virilha. Logo depois das duas trocas, o Lyon lançou também sua segunda mexida, colocando em campo Maxwel Cornet, tirando Bertrand Traoré.

Por fim, Garande depois mexeu pela última vez, colocando Bazile no lugar de Peeters, mas era mesmo Crivelli o homem das oportunidades do Caen. Ele recebeu na área, deixou Morel no chão e pecou muito na hora de finalizar, mandando pelo lado esquerdo da meta de Anthony Lopes. Depois do lance, aconteceu a última substituição no jogo, com Kenny Tete entrando para o lugar do brasileiro Rafael.

Perto do fim do jogo, o Lyon teve inúmeras oportunidades para dobrar o placar. Memphis Depay, apesar de errar muito, entrou bem e deu um gás novo para o setor esquerdo. Mariano Díaz, agora sem muita marcação, ganhou mais espaços. Cornet também teve boas oportunidades, mas sem muito perigo. O Lyon não segurou o placar, tentou dobrá-lo, mas a vitória por 1 a 0 era mais do que o suficiente para o time voltar a respirar ares mais tranquilos.

O Lyon volta suas ideias e sua preparação para a Liga Europa. Depois de vencer o CSKA em Moscou por 1 a 0, o jogo de volta será no Groupama Stadium. A partida será na próxima quinta-feira (11), às 14h do horário de Brasília. Um empate já é o suficiente para classificar o time para as quartas de final da competição. A regra é não tomar gol. Até lá!

FOTOS: France Football / olweb.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


GOL DA PARTIDA:


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